
A arte tem uma força que ultrapassa o tempo. Ela nasce do íntimo de cada artista, da necessidade de expressar o que palavras, muitas vezes, não conseguem traduzir. É um sopro de vida, um registro das emoções, dos sonhos, das inquietações.
Ser artista é carregar no coração a coragem de sonhar e, com as próprias mãos, transformar esses sonhos em algo visível, palpável. Não é um caminho fácil. A busca pelo reconhecimento exige persistência, mas a arte sempre encontra uma maneira de se fazer presente.
Ao longo da história, ela tem sido um grito de resistência. Picasso nos fez sentir a dor da guerra em Guernica, Tarsila do Amaral nos mostrou a força do trabalhador em Operários, Van Gogh eternizou o encanto de noites estreladas. A arte não apenas retrata o mundo, ela nos desperta, nos emociona, nos faz pensar.
No meu trabalho como curadora, vejo isso acontecer todos os dias. Cada artista que acompanho coloca um pedaço de sua alma em suas obras. E é impossível não se conectar com essa entrega. A arte nos une, abre conversas, desperta sentimentos que talvez nem soubéssemos que existiam.
E é isso que me fascina: a capacidade que a arte tem de transformar não só espaços, mas também pessoas. Quando nos permitimos sentir, enxergar além da superfície, algo dentro de nós muda. E é assim que começa toda grande revolução: primeiro dentro de cada um de nós.
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