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A ARTE É O EVEREST DO ARTISTA





Quando perguntaram ao alpinista inglês George Mallory por quê ele queria escalar o Everest, sua resposta foi simplesmente “porque ele está lá”. A frase entrou para a história e serviu para mostrar que aquilo que é a razão de viver de uma pessoa pode não fazer sentido nenhum para outra. Uma prova de como somos diferentes, em nossas convicções, nossos gostos, nossas paixões. Os séculos passam e perguntas essenciais continuam nos desafiando: de onde viemos? Para onde vamos? Artistas vivendo nesta era em que o “mercado” tem um papel tão importante, também são questionados: Por quê Arte? Ainda há quem avalie a obra de arte apenas pelo quanto se paga por ela. Mas quem cria sabe que a Arte é muito mais que isso.


A diversidade torna fascinante o ser humano. Quantos sentimentos, quantas visões diferentes. Vidas, experiências, tão raras e tão únicas, têm de ser compartilhadas. E o modo de contar sobre essa explosão caleidoscópica de amor e energia é a própria razão de ser da Arte. Pode ser um texto, um quadro, uma peça, uma canção. Cada um trilha o caminho com o qual mais se identifica. Literatura, Teatro, Cinema, Música, Pintura, Escultura, são meios de expressar nossas emoções. Nossas vidas.


Nas Artes Visuais, estudamos os Movimentos Artísticos e nos fixamos em detalhes como as cores vibrantes do Impressionismo ou a representação do objeto visto de vários ângulos do Cubismo, mas indo além das cores e formas, a gênese da obra de Arte é a expressão do sentimento. É a perplexidade, a euforia, a indignação do ser humano que guia o pincel sobre a tela.


Não se trata de uma Babel estética. Não precisamos nos prender ao hermetismo acadêmico ou à cotação do mercado. Nem mesmo faz diferença se entendemos o “significado” ou apreendemos a “beleza”, sempre tão questionada. A obra terá valor, no sentido mais visceral, se nela o artista conseguiu imprimir sua alma. Há um elemento muitas vezes esquecido, que escapa aos que se preocupam unicamente com preços e avaliações, que é a sinceridade artística. O observador pode não gostar e não entender, naquele momento, o que está vendo. Mas se o artista imprimiu à tela o que precisava expressar, a comunicação acabará acontecendo e o observador/receptor que estiver em ressonância com aquela frequência, reconhecerá no traço do artista o rosto do passado, a solução do problema ou, no mínimo, a sensação de que mais alguém sentiu e viveu como ele.


A Arte fala de nossa visão da vida e do mundo. Incorpora a ira muda e o inconformismo em relação aos desmandos contra a Natureza e contra o próprio ser humano. Essa aquarela catártica passa pelas freudianas gavetas vazias de Dalí. Pela agressividade dos traços de Franz Kline. E nos vemos representados pelo Grito de Munch.


A materialidade mutante, do Grafitti à Arte Digital, não tira do trabalho artístico seu papel como instrumento de expressão. Se imagens e ideias representam um contexto sociocultural, o Zeitgeist, virtudes ou agonias, a obra prescinde do aplauso. A Arte não precisa agradar. E tem valor porque nos desafia, nos chama à discussão e a refletir e questionar nossos pontos de vista preestabelecidos.


Provocando debate, despertando consciências, expondo sentimentos, a Arte nos concilia com nossa vida e com o mundo em que vivemos. O que bastaria para encerrar qualquer tentativa de se questionar sua importância e razão de ser.


Artistas sentem claramente que criar é preciso, é sua razão de ser e viver.

E vivem e morrem mil vezes, a cada emoção, a cada quadro, a cada dia.

A Arte é o Everest do artista.

 

 
 

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