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Maya Veronese: Uma Voz Pequena, Um Espírito Gigante


Uma infância que já carrega a semente da superação


Na delicadeza de uma menina de 11 anos pulsa uma força que atravessa continentes, línguas e incertezas. Maya Veronese não tem ainda uma longa estrada vivida, mas já conhece os ventos da mudança e o desconforto de não pertencer. Sua história é a de uma infância que ousou começar de novo em terras distantes, guiada pelo instinto amoroso de pais que enxergaram na filha uma artista em flor, e decidiu buscar um solo mais fértil para que ela desabrochasse.


Já na Austrália, um mundo novo, com uma língua estranha e salas de aula que pareciam intransponíveis, Maya fez o que só as almas determinadas sabem fazer: transformou o silêncio em conquista. Sua voz, ainda mansa, sua coragem miúda, desafiavam o medo. E foi no traço e na cor que ela encontrou o caminho para dizer o que as palavras ainda não sabiam.


No projeto História de Todas Nós, Mulheres, Maya nos lembra que o feminino não tem idade para ser forte. Que mesmo as histórias sem dor podem carregar superação. E que a arte, desde cedo, pode ser uma bússola para seguir em frente, mesmo quando ainda estamos aprendendo a dizer ao mundo com outras palavras.



Maya Veronese_2025 - imagem divulgação
Maya Veronese_2025 - imagem divulgação

Nem toda história de superação nasce da dor. Algumas nascem do deslocamento, da coragem silenciosa de uma criança que, ainda com mãos miúdas, já carrega a força de muitas mulheres.


Maya Veronese tem apenas 11 anos, mas sua trajetória já nos ensina que idade não define grandeza. Natural de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, Maya se viu diante de um novo mundo quando, ao lado de seus pais, partiu para a Austrália, não por acaso, mas por uma escolha consciente e visionária. Seus pais, percebendo o talento precoce da filha para as artes, decidiu atravessar o oceano em busca de um solo mais fértil, um território onde a pequena artista pudesse florescer entre referências históricas, estímulos culturais e possibilidades mais amplas de desenvolvimento.


A mudança, no entanto, trouxe consigo os desafios naturais de qualquer travessia. Maya precisou lidar com a ausência da familiaridade: uma nova língua, uma nova escola, um novo ritmo de vida. No início, as aulas tornaram-se um espaço de silêncio forçado, o idioma que não compreendia transformava o cotidiano escolar em um rito de inseguranças e constrangimentos. O sentimento de deslocamento era real, e não havia mapa pronto que pudesse guiá-la naquele território desconhecido.


Mas Maya tinha algo que nenhuma língua é capaz de limitar: a força interior de quem nasce com um chamado. A menina, que já desenhava com alma, agora aprendia a escutar o mundo de outro jeito. Ela se dedicou com afinco ao aprendizado da língua inglesa e, em dois anos, não apenas dominou o idioma como também foi premiada por sua performance em sua escola de idiomas na Austrália. Esse reconhecimento, embora escolar, tem uma potência imensa: representa a superação de barreiras, especialmente para uma criança.


E se isso já seria motivo de orgulho, Maya foi além. Em 2023, com apenas 9 anos, a pequena artista teve suas obras expostas no Carrousel du Louvre, em Paris, uma conquista que artistas veteranos sonham alcançar. Ela participou de exposições em diferentes países, incluindo Brasil, Portugal e Estados Unidos. Em Portugal, foi premiada como destaque em pintura. Seu nome começa a circular com respeito e encanto no cenário artístico internacional.



Obra premiada em Portugal em 2023 - Campo de girrassol, 40x50_acrílica sobre tela
Obra premiada em Portugal em 2023 - Campo de girrassol, 40x50_acrílica sobre tela


Com traços abstratos e vibrantes, ela revela um olhar sensível sobre o mundo. Suas pinturas carregam a leveza da infância e a "lente" de quem já compreende muito além do que se vê. Ela pinta com o corpo pequeno e a alma antiga. E cada tela sua é um portal, onde o lúdico se encontra com o real.


Seus pais (Camila e Guilherme) que foram o primeiro território seguro, e parte essencial dessa história. Eles souberam ouvir os sinais, interpretar os gestos e apostar no futuro de Maya antes que o mundo inteiro pudesse enxergar. Pois sabiam que em Nova Friburgo, Maya não teria chance. A coragem de seus pais, de partir em busca do melhor para a filha é também parte dessa superação. Porque toda criança artista precisa de um olhar que acredite nela, e Maya teve isso desde o início.


Hoje, aos 11 anos, Maya Veronese segue desenhando mundos e palavras com a mesma delicadeza com que enfrenta a vida: com coragem, imaginação e um brilho genuino nos olhos. Sua história nos lembra que superar não é só resistir à dor: é persistir no sonho, mesmo quando ainda não se têm todas as palavras para explicá-lo.


Maya é uma criança. É uma menina. E já é, desde agora, símbolo de superação. Sua arte, e sua vida, integram com brilho a grande tapeçaria de histórias que, silenciosamente, vão transformando o mundo.

E talvez seja isso o mais bonito: Maya nos mostra que crescer não é perder a poesia, é expandi-la.





Se você também tem uma história de superação e transformação através da arte, queremos conhecê-la. O projeto "Histórias de Todas Nós, Mulheres" é um espaço para celebrar narrativas reais de força e resiliência. Compartilhar sua trajetória pode inspirar outras mulheres a enxergarem a beleza em seus próprios processos de reconstrução. Porque quando uma mulher encontra sua voz, ela abre caminhos para tantas outras. Venha fazer parte desse movimento. Sua história merece ser contada.


 
 

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